Crítica de Mute - Noir de ficção científica, que não é para todos




O "Mute" de Duncan Jones é um híbrido de filmes noir com elementos de ficção científica, imediatamente comparável com a franquia mais estabelecida deste género. Ambos têm semelhanças evidentes, embora Mute não tenha a densidade poética de um Blade Runner, também está longe de ser uma atrocidade audiovisual.

A premissa deste filme-noir é interessante e evocativa, um barman mudo em busca da sua namorada desaparecida. Tematicamente e espiritualmente este filme ecoa mais com os filme-noirs dos anos 40 e os 50, do que o cyberpunk moderno do cinema.

A actuação também faz com que o filme funcione razoavelmente. Alexander Skarsgard interpreta o personagem principal de forma irrepreensível, um barman mudo, sempre dentro dos limites impostos pelas características da personagem.
Mas Paul Rudd e Justin Thoreaux marcam este filme com performances memoráveis.

Em relação à fotografia e ao design, o aspecto futurista da configuração da história é bem elaborado e é consciente nos detalhes. Há alguns toques bem feitos, como a entrega de comida voadora e os dançarinos eróticos robóticos. Mas, infelizmente, tudo parece muito familiar para o público; e faz com que o filme perca algum flare.

Mute não é um filme Hard Sci-fi como Moon ou uma obra-prima como Blade Runner.
É mais um drama de mistério noir tendo como cenário, o futuro.
Se você gosta de filmes como Brick ou Sin City, histórias que homenageiam os clássicos de gênero como o filme-noir a preto e branco, este filme é um much watch.

Não será para todos, mas será certamente para alguns. Se gostam de experiências diferentes, esta foi feita com coração. Vale a pena dar uma vista de olhos.

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