Crítica – Lost in Space 2018 - Um Reboot Refrescante




As séries da Netflix são conhecidas pela sua apresentação gráfica de violência e nudez. Mas em Lost in space, a produção aposta claramente no seguro, com o objectivo de atingir um público novo e mais jovem com uma formula mais amiga das famílias. E isto não é necessariamente ruim, longe disso e honestamente esta série não sofre por isso, os momentos de drama, aventura e ação são bem conseguidos. Das paisagens sumptuosas, efeitos CGI hiper-realistas, à decoração e ao design geral da série, os custos não foram poupados para dar vida a este universo.

Os atores não poderiam ter sido melhor escolhidos, os Robinsons têm uma excelente química uns com os outros. A dinâmica familiar foi actualizada para os nossos tempos, sendo mais conflituosa e realista. Aliás, a premissa da série assenta na preservação de uma família com problemas num mundo mergulhado no caos.
O leque atores secundários estão no mesmo nível de qualidade, até superando o elenco principal em certos casos. Parker Posey, faz um trabalho notável dando uma nova e cara e género ao vilão desta série.

Os aspectos positivos deste show também são potencialmente os mais negativos, dependendo do público. A fórmula é claramente mais inspirada em séries como Lost e Earth 2 (série dos anos 90), do que propriamente com o material original.
Este não é o Lost in Space do seu pai ou avó, a fórmula é claramente contemporânea, apostando mais no modernismo do que simplesmente na nostalgia. O que eu pessoalmente acho ter sido o caminho mais refrescante. Mas nem todo mundo vai compartilhar a minha opinião. O público mais velho poderá não gostar das mudanças. E muitos trolls não perdoarão a cor da pele de uma das miúdas.

Dito isto. Para aqueles que estão procurando a próxima dose de fantasia \ ficção científica. Eu absolutamente recomendo esta série.

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