CRITICA ALITA: ANJO DE COMBATE - UM MARCO VISUAL DO CINEMA

Alita: Battle Angel  (ou Alita Anjo de Combate no Brasil),  é o que acontece quando Hollywood finalmente consegue fazer um filme desenvergonhadamente Anime. A dupla James Cameron e Robert Rodriguez produzem assim um filme único,  que se auto-divide num romance asiático para adolescentes repartido com cenas de acção tão brutais como visualmente magnificas. Uma mistura estranha e explosiva mas que funciona.

Os efeito visuais da personagem de Alita (dublado por Rosa Salazar) é simplesmente incrível, do brilho dos olhos aos maneirismos, tudo funciona de forma irrepreensível. E se esta personagem digital não funcionasse, todo o filme falharia. Mas funcionou. Alita tem uma alma humana, um propósito, uma historia,  que dá ao público uma jornada emocional de uma jovem adolescente tentando descobrir quem é.

O elenco de apoio, não é nada menos que perfeito. Christopher Waltz, Jennifer Connelly, Mahershala Ali e Ed Skrein no meio deste festim visual, conseguem trabalhar personagens com profundidade e propósito.

A história não sendo muito original flui de forma bastante competente, em tudo aquilo que este filme com sucesso tenta ser.  Uma historia de auto-descoberta, um filme de acção explosivo, um romance adolescente, uma distopia cyberpunk de ficção cientifica.

Alita: Battle Angel não será para todos os gostos,  o  mix entre melodrama anime e filme explosivo, não agradará a todas as sensibilidades. E como qualquer filme pipoca para o grande publico , não é perfeito, perde-se em algumas generalidades; como é  habitual. 

Mas apesar das suas falhas, Alita é um filme único, um avanço impressionante a nível de efeitos visuais, nitidamente feito com muito coração, e que nos faz voltar a sentir alguma da magia do cinema.
E por isso vale a pena ser visto.

 7.5 estrelas em 10.